Um dos principais jogadores brasileiros, o dedicado profissional Gustavo Mastelotto entrou para a história mais uma vez. Ele foi o grande campeão do badalado Super High Roller da WSOP Brazil, competição presencial no Hotel Unique, em São Paulo, e conquistou o primeiro anel da carreira. Gustavo bateu o complicadíssimo field de 82 entradas do torneio que teve buy-in de R$ 20.000 e um garantindo de R$ 500 mil, entregando aos jogadores mais de R$ 1,4 milhão. O player transformou seu investimento em uma belíssima forra de R$ 389.000 (US$ 73.300). Mais do que o valor financeiro, o craque se emocionou com a experiência. Ele revelou que foi o primeiro título já conquistado em um torneio ao vivo.
Mastelotto enfrentou uma mesa final cheia de jogadores experientes como Paulo Joanello, Daniel Croce, Felipe Mojave e Caio Hey, por exemplo. O catarinense conseguiu disparar em fichas e já dividia a liderança com o recreativo Antônio Santichio no 4-handed. Mastelotto eliminou Fabio Freitas na terceira colocação e partiu para o heads-up em vantagem. O duelo final contra Santichio não foi nada fácil. Gustavo precisou manter a calma para não se abalar com as dobras do “highlander”, como se chamava o próprio adversário. Depois de algumas boas doses de emoção, a festa veio num all in pré-flop de 88 contra AJ. Um 8 no flop já virou full house no turn para a comemoração com os amigos.
A felicidade estava estampada no rosto do popular “22ehnutzz”. A cravada transformou Mastelotto no quarto jogador brasileiro a conquistar o anel e o bracelete da WSOP (no final de agosto 2022, ele obtivo o Evento #11 US$ 400 Double Stack Bounty NLH da WSOP Online). Agora, ele se junta a um seleto grupo com Yuri Martins, Thiago Crema e Rafael Caiaffa.
O campeão falou sobre esse tipo de conquista e o que significa para ele. “É muita emoção mesmo. Primeiro, eu nunca tive a oportunidade de cravar um torneio live apesar de estar jogando por mais de 10 anos. Claro que eu não coloco um volume muito grande, não compareço em todos os eventos, mas ainda assim já joguei várias competições e sempre ficava aquele gosto. Dá para imaginar o quanto eu tô feliz em fechar esse torneio. Sem dúvida, nessas séries, é o torneio mais difícil, por ser uno que envolve todos os grandes players de São Paulo e muitos que viajam para jogar”, ressaltou.
Também, agregou: “Eu nunca ganhei um WCOOP ou SCOOP, e esse ano eu consegui um evento da WSOP de bracelete e agora um anel. Acho que tem muita variância envolvida nos torneios. Existem jogadores do Brasil fora de série que não têm esses títulos, então eu simplesmente me sinto grato de ter rodado bem nesses eventos que têm essas conquistas que eternizam”.