Segundo dados do estudo Hotelaria em Números 2022, o ano de 2021 fechou com uma taxa de ocupação de 43%, alta de 16,5 pontos percentuais contra 2020, mas ainda abaixo de 2019. Os dados foram divulgados pela JLL em parceria com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e com a Resorts Brasil. Há uma sinalização de melhora neste ano, com a demanda ganhando corpo, mas a visão é de que uma retomada total virá apenas em 2023.
A diária média teve uma queda de 0,7% em 2021 contra 2020, para R$ 212,20. Em 2019, o indicador era de R$ 250. O RevPar (Receita por Quarto Disponível, um dos principais indicadores do setor) fechou em R$ 91, alta de 59,6% contra 2020, mas queda de 39% na comparação com 2019. O estudo aponta que os primeiros dez meses de 2022 já demonstraram melhora na taxa de ocupação e recuperação das diárias médias. A expectativa é que o desempenho do setor continue melhorando nos próximos anos, já que a demanda está aquecida e a oferta hoteleira deve permanecer estável.
NOVOS HOTÉIS EM DESENVOLVIMENTO
A oferta de hotéis no Brasil deverá aumentar significativamente nos próximos quatro anos, principalmente nas capitais. Dados do Panorama da Hotelaria Brasileira, organizado pela HotelInvest, mostram que, entre 2022 e 2026, cerca de 124 empreendimentos hoteleiros abrirão suas portas. Juntos, estes estabelecimentos representam um total de R$ 5,3 bilhões em investimento no setor e acrescentarão 18 mil novos cômodos ao inventário nacional.
Os novos projetos são para hotéis com perfil corporativo que trabalharão com bandeiras vinculadas às redes ligadas ao FOHB. A pesquisa da HotelInvest afirma ainda que a maioria dos hotéis em construção será das categorias econômico e supereconômico (58%) e que as regiões Sul e Sudeste do país receberão grande parte dessas obras (55%). Embora as grandes cidades tenham ganhado representatividade, a zona rural continua sendo o principal eixo de desenvolvimento: 64% dos novos HUs estão localizados no interior, 31% nas capitais e 5% nas regiões metropolitanas. As franquias continuam crescendo e representam 43% dos novos contratos, mas o ‘modelo administração’ ainda é predominante, com uma representatividade de 60%.