Por Leticia Navarro, jornalista da G&M News.
O Atlético Mineiro foi o clube esportivo brasileiro que mais inovou no cenário tecnológico, como por exemplo o lançamento do Super App do Atlético. Como surgiu a ideia e qual o alcance desta inovação pioneira do Galo no cenário do futebol brasileiro?
Então, na verdade, os usuários já tinham um aplicativo do Atlético. O que aconteceu foi que, com a construção e a inauguração da Arena MRV, planejamos e estudamos como seria a jornada do fã, principalmente no acesso, no jogo, nos shows na Arena MRV. Acabamos optando por criar um Super App que iria agregar todas as informações do Atlético e da Arena MRV. Criamos o Super App Atlético para isso e vamos lançar em breve, para o próximo mês, a versão Arena MRV que é só para aqueles que querem ir aos shows e não são necessariamente atleticanos. Nós no Super App somos um dos únicos aplicativos do mundo que vende alimento e bebida pelo próprio Super App, tem a parte de ingresso, o acesso ao estágio é somente via Super App ou cartão de sócio, mas principalmente pelo Super App. Temos um GPS que é exclusivo para poder se locomover para quem não conhece, quem não sabe. Temos as informações de acesso até o estádio, se ele vai de ônibus, se a pessoa vai de táxi. Enfim, são várias inovações que trazemos. Quando o jogo começa, temos o lance a lance, as estatísticas, não precisa sair do aplicativo para ir a um aplicativo de estatística.
O clube anunciou um projeto revolucionário que visa proporcionar uma experiência imersiva ao usuário, ao mesmo tempo expandir a capacidade e modernidade do Mineiro ao entrar no popular game Fortnite. Conte um pouco de como funcionará esta parceria, os objetivos e alcance dessa iniciativa?
Desde que eu entrei no Galo, um dos focos foi a criação do Galoverso? Seria Multiversos, onde a gente poderia ter presente não só o Atlético, como o Arena MRV nesses Multiversos. O Fortnite é um desses metaversos. É um dos games realmente mais jogados e acessados no mundo. No Brasil, foi o segundo jogo mais buscado no Google. Tem uma procura muito grande e a faixa etária que mais joga é entre 18 a 24 anos, que é uma faixa que às vezes eu não consigo atingir somente pelo futebol. A ideia do Galoverso envolve também um pouco de blockchain. Esse ano de 2024, a gente vai falar muito mais de blockchain. No Fortnite, conseguimos um parceiro grande que desenvolve, e que fez os quatro modos de jogo. Se você entrar no Fortnite, digitar Galoverso, você vai ver os três jogos e um tour pelo Arena MRV que é a réplica realmente fiel do que é o Arena no físico. Eu acho que em questões de negócios, de gerar novas receitas, essa é uma das possibilidades, além também de trazer novos patrocinadores para estar conosco nessa jornada do Fortnite. Enfim, chamar a atenção mesmo desse novo público, levar, integrar o futebol com esse mundo de games que é muito importante.
O Estádio Arena MRV fechou um contrato de fornecimento de energia elétrica limpa e renovável no que tange a preservação do meio ambiente. Além disso, a construção do estádio priorizou aspectos vinculados à responsabilidade social, como as parcerias com o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e o Centro de Línguas Inovação e Criatividade. Que relevância tem o retorno social sobre o investimento, e quais os efeitos da relação do clube com a comunidade local?
Com relação a essas ações, não são só da Arena MRV, mas também do Atlético e do Instituto Galo, que também tem esse viés social, foram claros, não só pelas contrapartidas que a prefeitura colocou para que pudesse ser construída a Arena MRV, mas principalmente com a ideia mesmo da construção do Arena, do que a gente poderia fornecer e impactar junto ou em torno da comunidade. Além dessas ações citadas, existe a ideia de gerar um centro esportivo de games, ensinar as crianças a jogar, fornecer esse acesso ao Galoverso. Acho que muito além do futebol e como a gente fala tanto de games, esse é um ponto que o clube tem pensado muito em como levar a gente mais inovação, saúde, bem estar. Também, ajudar a gerar receita para esse público, essa comunidade que está ao redor, para que eles possam crescer e evoluir juntos. Vai ter uma academia de música e esportes. Em definitivo, queremos oferecer as crianças um futuro melhor, uma vida melhor e mais saudável.
Como você vê, e como o Atlético Mineiro se posiciona, com relação à regulação das casas de apostas no Brasil e qual sua perspectiva diante do crescimento do mercado das “bets” para o futuro?
Com relação à regulação, vou falar muito mais da minha visão. Acho que é super necessário, foi um boom que teve, e não à toa. As “bets” não deixam de ser um jogo que você está apostando, mas é um game. É um crescimento muito grande, e a regulação vem para dar mais segurança, acho que para todo mundo, não só para quem joga, mas principalmente para os clubes. O Atlético Mineiro vai poder explorar melhor as parcerias, ativações junto à torcida, a linha de gerar conhecimento sobre como funciona um patrocínio.
Você poderia revelar alguns dos próximos projetos e lançamentos tecnológicos do Galo?
Para este ano, queremos abordar muito mais um projeto que começamos no passado, no finalzinho do ano, que foi o Território Alvinegro, um espaço ligado a questões de blockchain, games e outras possibilidades. Esse ano, os fãs vão falar muito disso, de colecionáveis digitais, novas experiências, envolver mais os atletas nisso e outros games. Roblox é um titulo que queremos lançar em breve, e vamos olhar outros. O Atlético Mineiro busca ter uma equipe, entrar no mundo de Esports, na realidade aumentada, inteligência artificial. Enfim, tem muita coisa boa para esse ano, com certeza.