Como foi a visita que você fez por diversas cidades do Brasil e quais resultados houve para a Alea em termos de negócios?
A turnê pelo Brasil surge da necessidade -do ponto de vista empresarial- da Alea conhecer mais seus parceiros no país. Neste ano de 2023, crescemos muito na América Latina, mas, sobretudo, no Brasil. Sabemos da importância de estar em contato com nossos parceiros e amigos de lá. Não se trata de ir vê-los apenas em feiras e congressos, mas de visitá-los durante todo o ano.
De quais ferramentas as operadoras locais de jogos online precisam que a Alea possa fornecer?
Por um lado, existem as ferramentas para os seus cassinos. Além disso, devemos considerar informações relevantes sobre as tendências, os jogos mais escolhidos e, principalmente, a experiência que levamos para um mercado tão ‘jovem’ e que cresce em ritmo vertiginoso. Não podemos esquecer que, até a alguns anos, as apostas esportivas dominavam o mercado e o cassino representava muito pouco volume de negócios. Hoje em dia, o cassino é rei. Precisamos de pessoas com experiência nesta vertical e nós as temos. Então, trazemos a experiência, a confiabilidade de ter uma API de fácil integração e um processo seguro. Além disso, contamos com mais de 150 fornecedores de jogos de cassino integrados, com as suas ferramentas de fidelização.
Além das reuniões executivas, você deve ter notado a efervescência dos esportes e das apostas nas ruas do Brasil. Como aproveitar a paixão de milhões de consumidores para gerir tecnologia que lhes permita ser atraídos e mantidos numa plataforma?
Neste momento, as apostas esportivas e os cassinos online estão na boca de todos. Nos dias que passei no Nordeste do Brasil, vi muitos outdoors e banners nas ruas de empresas de apostas. Soma-se a isso a loucura publicitária observada na televisão durante os jogos de futebol e nos estádios, tanto nas eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 quanto nos jogos das ligas locais. Existem entre 5 e 8 marcas de apostas visíveis a qualquer momento. Acredito que esta questão tem de ser melhor gerida e regulamentada. É realmente útil ter sua marca ao lado de outras? Isso tem impacto? O cliente potencial mantém a sua marca, a do seu concorrente ou nenhuma delas? Somente as empresas que fazem as coisas de maneira diferente parecem ter mais sucesso. De qualquer forma, acredito que a maior oportunidade para as operadoras no Brasil está na retenção e fidelização de jogadores. Não é apenas um trabalho de aquisição e branding. Você tem que fidelizar essa base de clientes para que eles não mudem para outra plataforma. Existem dezenas de ferramentas no cassino e nas apostas, mas especialmente no CRM, para o conseguir.
Como você entende o atual processo de regulamentação da atividade no Brasil, com avanços nas apostas esportivas, mas deixando de lado a legalização de diversas modalidades de jogos online? Você acha que é uma falta de compreensão da dinâmica do setor por parte das autoridades? Quanto essa decisão prejudicará o mercado?
Essa tem sido a história da regulamentação dos jogos de azar no Brasil nos últimos meses. É uma montanha-russa onde um dia o cassino online não foi incluído, depois sim e logo de novo deixou de estar. O mesmo se aplica às restrições de marketing. Lembro que, há cerca de cinco anos, numa feira de jogos local, na sala de reuniões, um parlamentar me confessou: “No Brasil tudo é igual ao Samba: um passo para frente e três para trás”. Em todo o caso, se pensar no que foi dito naquela altura em termos de uma possível regulamentação e do que se espera que venha a acontecer, não há comparação possível. Portanto, é melhor sentar e esperar, ver o que acontece (se alguma coisa acontecer em meados de 2024) e o que finalmente está incluído ou não no regulamento final. É um caso de “ver para crer”. Honestamente, seria muito difícil para o país deixar o cassino online fora da regulamentação. Não faria qualquer sentido, dada a dinâmica do mercado e as preferências dos apostadores.
Quais projetos a Alea tem para o Brasil e toda a América Latina em 2024?
Sem dúvida, o próximo 2024 será um ano de enorme crescimento para nós. Já temos reforçado muitas de nossas áreas com pessoas que falam português do Brasil (já que 99% da empresa fala espanhol) para ter uma boa base para o que está por vir. Não só estaremos presentes nas feiras mais importantes da região, mas viajaremos frequentemente para a América Latina. Vou anunciar, veja se você consegue me acompanhar no LinkedIn. A realidade é que a América Latina já representa metade de nossas transações diárias. Estaremos realmente presentes na região porque temos muitos parceiros lá, mas muitos mais estarão a caminho. Queremos continuar a prestar um serviço de qualidade as operadoras, fazendo todo o possível para apoiá-las no seu crescimento e desenvolvimento, simplificando a gestão do seu cassino graças à centralização da operação e aos contatos com os fornecedores. É claro que a Alea não é apenas um agregador. Somos um parceiro tecnológico e estratégico muito forte que faz tudo o que está ao seu alcance para ajudar a operadora a concentrar-se numa única tarefa: administrar o seu cassino online de forma eficiente e com sucesso.