A vitória da LOUD sobre a OpTic Gaming (dos Estados Unidos) na grande final por 3-1 coroou a equipe brasileira como campeã mundial de Valorant em 2022, sediado em Istanbul, na Turquia. Durante a série melhor de cinco partidas (MD5), o pico de audiência superou a marca de 1,5 milhão de espectadores simultâneos (portal Esports Charts), segundo os números das transmissões oficiais da competição nas plataformas Twitch e YouTube. Nos playoffs, a LOUD havia antecipado o que aconteceria dias depois, com uma vitória inapelável por 2-0 sobre a OpTic diante de 875.000 espectadores. LOUD e OpTic Gaming formaram uma rivalidade que ficou mais acirrada ao longo do ano. Eles já se enfrentaram cinco vezes em 2022. O VCT repartiu US$ 16 milhões divididos entre os times com revenue share do bundle de skins do Champions.
O LONGO CAMINHO ATÉ O TOPO
A atual lineup da LOUD no Valorant foi inteiramente montada por “Sacy” e “saadhak”, os jogadores mais experientes do time. Gustavo “Sacy” Rossi liderou sua equipe a título. De 24 anos, ele foi um vitorioso jogador de League of Legends, passando grande parte da sua carreira defendendo a camisa da Red Canids. Matias “saadhak” Delipetro, argentino, de 25 anos, era jogador profissional de Paladins e disputou diversos campeonatos nacionais e internacionais antes de migrar para o Valorant (e para o Brasil). A eles se juntaram os seguintes jovens: Bryan ‘pancada’ Luna, de 22 anos, jogador experiente, vice-campeão mundial de CrossFire e já tendo defendido a camisa da B4 Esports e da Stars Horizon no Valorant; Erick ‘aspas’ Santos, de 19 anos, jogador que havia se destacado como um dos melhores do modo competitivo do Valorant e que disputou o VCT Brasil 2021 pela Slick; e Felipe “Less” Basso, de 17 anos, a aposta “inusitada” do time. O jogador entrou para a equipe com apenas 16 anos, idade mínima para disputar campeonatos oficiais da Riot Games. Assim como ‘aspas’, ele também se tornou conhecido pelo modo competitivo do Valorant, terminando algumas temporadas como jogador Top 1 do Brasil.
Depois do apagão no Masters Copenhagen, a LOUD veio completamente focada para o Champions 2022. Diferentemente da FURIA, o outro time brasileiro na competição, que precisou disputar um campeonato extra para garantir a sua vaga, a LOUD teve um mês sem partidas oficiais e pode se preparar mais tranquilamente para o último torneio internacional do ano.
A estreia foi contra a Zeta Division, vencida pela LOUD por 2-0. O jogo seguinte foi contra a OpTic, quem levou o triunfo por 2-1. Na última partida da fase de Grupo B, a LOUD voltou a vencer a Zeta Division, de novo por 2-0, e se classificou para os playoffs. Mais tarde, chegaram os chilenos da Leviatán (2-0) e os sul-coreanos da DRX (2-0). Vencida a DRX, a LOUD enfrentou a OpTic pela segunda vez no campeonato e pela quinta vez no ano. O primeiro mapa da disputa foi Bind, vencido pelo time brasileiro por 13 a 10. O segundo mapa foi Ascent. Alguns comentaristas dizem que “a Ascent da LOUD é a melhor do mundo”, e não deu outra: virou passeio para os brasileiros, que venceram por 13 a 3 e cerrarem 2-0. Na final, fazendo jus à decisão, o jogo teve mapas extremamente apertados, com um deles sendo decidido na terceira prorrogação. Com o título, a LOUD leva a premiação total de US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão) e chega ao VCT 2023 como o time a ser batido.
Antes disso, a LOUD estará no GameChangers Champions (15 a 20 de novembro em Berlim, Alemanha) e ainda representará o Brasil no Worlds, campeonato internacional de League of Legends, e uma das maiores atrações competitivas do mundo. O primeiro torneio da LOUD defendendo sua coroa de Valorant será em sua casa: São Paulo receberá um campeonato internacional entre fevereiro e março de 2023, contando com todos os trinta times a serem franqueados pela Riot Games.
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