A indústria Gaming, em evidência como uma das mais promissoras globalmente, movimenta bilhões anualmente, demandando novos talentos e mão de obra especializada. No entanto, apesar do seu expressivo crescimento, o setor enfrenta desafios relacionados ao desequilíbrio de gênero enraizados em sua representação.
Este ambiente reflete uma realidade do mercado em geral, onde as mulheres são sub-representadas, especialmente em posições de liderança, como evidenciado pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelando que apenas um 29% dos cargos de comando é ocupado por mulheres.
É dentro deste contexto desafiador que surge a Associação de Mulheres da Indústria do Gaming (AMIG) como resposta a essa disparidade, uma iniciativa vislumbrada por seis mulheres, profissionais que já servem a este setor há mais de 10 anos.
Desde o início, a AMIG contou com o apoio integral de parceiros que não apenas validaram a importância da causa, mas também reconheceram a colaboração como um elemento fundamental para catalisar mudanças significativas na equidade de gênero. Os apoiadores desempenharam um papel essencial na estruturação, planejamento e lançamento desta associação. Podem mencionar-se as empresas Control F5 (hub de serviços em geral para o mercado de gaming no Brasil), Ambiel Advogados (escritório de advogados com atuação abrangente nas mais variadas áreas do direito), e Clever Advertising (agência global de performance premium da indústria de iGaming).
MULHERES NO GAMING: PANORAMA ATUAL, DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Embora a participação das mulheres no setor de jogos tenha crescido notavelmente, ainda enfrenta barreiras para atingir uma representatividade adequada. Nesse sentido, há uma imperativa necessidade de estimular o interesse feminino em ingressar nesse campo.
Ana Bárbara Teixeira, advogada, consultora em direito regulatório e contratual e uma das fundadoras da AMIG, compartilha sua visão acerca do atual cenário das mulheres no gaming, seus desafios e oportunidades. “Embora existam diversas mulheres em posição de destaque na indústria, ainda somos minoria. O grande desafio para aumentar a participação das mulheres passa por despertar o interesse feminino em atuar na indústria, que sinto que para muitas ainda parece ser uma possibilidade muito distante ou mesmo desconhecida”, disse.
A essência da Associação de Mulheres da Indústria do Gaming é inspirada em narrativas como a de Ana Helena Pamplona, advogada, sócia e outra das fundadoras da AMIG, que sentiu-se incomodada com o desenvolvimento de setores que negligenciam aspectos fundamentais, como a equidade de gênero. Motivada por sua própria experiência, ela compartilha sua visão por trás da criação da AMIG: “A ideia surgiu a partir da mente de uma advogada e professora de direito incomodada com o desenvolvimento de setores sem a devida atenção para pontos cruciais. O fato de a indústria gaming ainda ser embrionária no país gera uma oportunidade sem igual: construir um setor pensado em pontos importantes como a diversidade de gênero. O objetivo é garantir que as características marcantes dos diferentes tipos de gênero funcionem de forma colaborativa e complementar. Assim, com o passar do tempo, a paridade será uma consequência orgânica das mais diversas habilidades”.
Um ambiente equitativo tem o poder de enriquecer a indústria com diversas perspectivas, contribuindo para o sucesso sustentável do setor. Natalia Nogues, diretora executiva e também fundadora da AMIG, complementa a ideia. “Ao permitir que mais mulheres participem ativamente desse mercado, a indústria se beneficia da riqueza de experiências e ideias variadas que podem impulsionar a inovação e a criatividade. A diversidade de gênero traz consigo diferentes formas de pensamentos, abordagens e soluções, o que pode ser fundamental para a competitividade e o sucesso das empresas do setor. Além disso, a presença de mulheres em cargos de liderança e tomada de decisão no ambiente do jogo de azar pode promover uma cultura empresarial mais equilibrada e inclusiva. A diversidade de gênero não só traz benefícios tangíveis para os negócios, como também contribui para a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis, onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados. Isso pode levar a uma maior retenção de talentos, aumento da motivação e produtividade, e melhorias na reputação das empresas perante a sociedade”, afirma.
Para Bárbara Teles, advogada de regulatório e public affairs e uma das seis fundadoras da AMIG, é preciso engajar a comunidade em geral, incluindo homens e outras partes interessadas, para promover ativamente a igualdade de gênero na indústria. Ela declarou: “O propósito da AMIG é promover mulheres na indústria de gaming no Brasil, mas não se pode concretizar os objetivos excluindo os homens. Pelo contrário, precisamos que todos sejam aliados nesse esforço de alcançar a equidade de gênero na indústria. Além disso, é importante o envolvimento direto das empresas para o comprometimento com a diversidade de gênero em seus postos de trabalho”.
Em relação às perspectivas para o futuro das mulheres no segmento, Luciana Hendrich, advogada, sócia e uma das mulheres que complementa o quadro de fundadoras da AMIG, demonstrou-se bastante otimista. “Sendo um mercado em ascensão no Brasil, este segmento tem grande potencial de receber muitas mulheres qualificadas e assim juntar a necessidade do mercado com a busca das mulheres por iniciação em novos mercados. É esperado que nos próximos anos o percentual de mulheres aumente bastante no mercado, coisa que já vem acontecendo desde 2018”, assegurou.
Nesse sentido, a Associação de Mulheres da Indústria do Gaming emerge como uma força motriz na ampliação da visibilidade e oportunidades para mulheres, buscando capacitar e desenvolver novos talentos femininos no universo do Gaming. Teresa Caeiro, coordenadora de desenvolvimento internacional, reforça o compromisso dessa iniciativa ao comentar: “A AMIG está empenhada em promover o desenvolvimento de talentos femininos no setor através de uma variedade de iniciativas. Pretendemos oferecer programas de mentoria e capacitação específicos para mulheres, solicitar a representatividade feminina em eventos e painéis do setor e colaborar com instituições de ensino e programas de formação para incentivar mais mulheres a ingressarem e progredirem em carreiras no gaming. Além disso, planejamos criar uma rede de apoio e networking para mulheres na indústria, proporcionando oportunidades de conexão, aprendizagem e crescimento profissional”.
NÃO PERCA HOJE A APRESENTAÇÃO DE AMIG
Para selar esta iniciativa e dar o pontapé inicial neste grande projeto, a AMIG fará hoje no Rio de Janeiro seu lançamento oficial para o mercado. Todos/as os/as profissionais estão convidados/as para um café da manhã de confraternização às 10h no lounge vip da Open Bet, patrocinado por Clever Advertising, e para um painel de apresentação com as fundadoras da Associação às 14h30.
As inscrições para membros da Associação serão gratuitas e estarão disponíveis durante o evento de lançamento. Espera-se a presença de todas as mulheres, homens e empresas interessadas em conhecer mais e apoiar essa causa.
Na, valorizam a diversidade de perspectivas e tem o compromisso de construir um futuro onde AMIG as mulheres no gaming sejam protagonistas, líderes e inspiradoras da nova geração de profissionais da indústria.