Por Leticia Navarro, jornalista da G&M News.
Sendo a segunda vez que a OKTO participa da BiS SiGMA Americas, qual a comparação com o ano anterior? É possível dar uma perspectiva de negócios estabelecidos com potenciais clientes, ou mesmo em termos de porcentagem?
Nós temos um modelo de participação novo no Brasil. É a segunda vez que participamos deste evento e graças a muito trabalho, graças a uma perspectiva de clientes, uma perspectiva de mercado, a nossa segunda feira já vem com a premiação de ‘Melhor Meio de Pagamento’ pelo SiGMA Americas Awards. É uma forma de reconhecimento muito boa do trabalho da OKTO aqui. Chegamos ao Brasil há dois anos e meio, participamos da BiS SiGMA do ano passado, e este ano já somos premiados. Então para nós isso foi a grande diferença de reconhecimento. Do ponto de vista de percepção comercial, a feira está movimentada, geramos mais leads. Nós estamos muito mais maduros com o posicionamento da OKTO no Brasil, depois de uma aquisição de um participante direto, agora com uma posição estratégica de se colocar como um banco para as bets aqui no Brasil. Isso tem nos ajudado muito a ir além da transação, ir além do que hoje as operadoras estão vendo de só cash in, cash out. Estamos falando de reestruturação para uma saúde financeira melhor. Essa percepção chega com as pessoas perguntando como a OKTO está desenvolvendo novos produtos dessa forma, como a OKTO já consegue agregar para mim, não só o pagamento, mas também o KYC, quem são os nossos parceiros estratégicos no Brasil e até fora do Brasil para poder operar. De fato, o Brasil é um hub, e a feira trouxe para nós perspectiva nacional e internacional. Temos seis países cobertos pelo Brasil. Estamos conseguindo exportar meio de pagamento das operadoras daqui para fora, e também receber operadoras de fora que querem entrar aqui no Brasil de uma forma muito mais saudável e bem estruturada.
Quais produtos, serviços e novidades vocês trouxeram para o evento deste ano no São Paulo?
Acho que os produtos que lançamos na BiS SiGMA do ano passado, como o Pix Direct ou Pay and Play. já estão colhendo resultados. Acho que a premiação veio por frutos desse trabalho e a gente vem com um posicionamento agora de banco. Então a OKTO vai colocar serviços bancários à disposição das operadoras e, visando a regulamentação, a OKTO vai colocar eficiência financeira, ou saúde financeira no portfólio. Tocar na transação é só o primeiro passo, mas nós vamos seguir com a operadora durante toda a jornada do dinheiro dela. Isso vai fazer uma diferença enorme! Quando ele enxergar aqui a eficiência fiscal, que é a inteligência de investimentos, que o acesso a produtos exclusivos, que ter um meio de pagamento global vai poder ajudá-lo, não só na estruturação do Brasil, mas da expansão dele para fora do Brasil, essa é a grande novidade. É um banco no Brasil, mas é um parceiro que vai te ajudar a ir além do meio de pagamento e além da fronteira brasileira.
Como a OKTO vê o processo de regulamentação, onde a cada mês há uma mudança, uma portaria, uma nova decisão do Governo? Quais são os pontos favoráveis ou desfavoráveis, não só para a OKTO, mas também para os do setor em geral?
Eu acho que a regulamentação foi bem escrita. De fato, toda a regulamentação nova tem pontos a melhorar. Não somos o primeiro país a regulamentar, e sabemos que tem muitas melhorias que podem ser feitas do ponto de vista de quem está dentro do mercado. Nosso desafio é transparecer isso para o regulador, para que ele entenda melhor nosso funcionamento. Do ponto de vista de pagamentos, nós tivemos já a portaria de Payments e isso nos ajuda muito. A OKTO é uma das empresas que trabalha para essa construção sadia, de uma portaria de pagamentos, para a questão de ser autorizado onde a OKTO já está pronta desde o ano passado. A questão de trazer métodos e formas muito bem claras nos ajuda a nos posicionar para as operadoras como meio de pagamento. Porém a OKTO não sobrevive só de meios de pagamento para grandes operadoras, ela tem operadores menores, têm médios operadores, e a visão comercial ou a visão operacional para essas operadoras diante de um colchão de 5 milhões, diante de uma política de gestão de liquidez que vai ser necessária, enxergamos que a pequena operadora tem desvantagens. Ele vai precisar se reinventar, recorrer a captação, prcisar movimentar um volume muito maior do que eles têm hoje para sobreviver ou até para ganhar corpo e se manter no mercado regulado. É uma pena, mas é previsível que alguns deles vão para o mercado black, o mercado irregular. Não é isso que a OKTO quer. A OKTO quer que o mercado seja cada vez mais competitivo, cada vez mais produtivo, maduro e seguro. Não podemos confiar que simplesmente trancando e selecionando de forma financeira só os grandes vão viver. A gente precisa dos médios e pequenos também, com posicionamento no mercado.
Quais são os planos da empresa para este ano no mercado brasileiro?
Focamos muito na regulamentação porque é o que está em voga para este ano e enxergamos pelo menos no primeiro semestre do ano que vem. Mas a OKTO está numa expansão de pessoas e produtos, trazendo soluções da Europa. Isso vai fazer com que uma empresa já regulamentada por 12 bancos centrais na Europa vai poder também ter a sua força aqui no Brasil, regulamentada, se posicionando diante de toda uma transformação agora do mercado, com perspectiva de auxiliar todas as operadoras grandes, médias e pequenas. Como o maior trunfo desse futuro, a gente descobre que uma empresa grega que está se tornando cada vez mais brasileira, que está entendendo cada vez mais o perfil Brasil e que quer investir. Já investimos milhões de dólares na aquisição de empresas com mais de 50 funcionários. Também otimizamos a capacitação e estruturação de novos produtos, com a importação de produtos do mercado regulado europeu para cá. Isso vai abrir um leque muito grande e aguardem que a OKTO tem neste ano, de acordo com as portarias, muito mais produtos para serem colocados na prateleira.