Por Anamaria Bacci, jornalista e tradutora da G&M News.
Qual a experiência que você proporcionará aos clientes por meio da plataforma PIX? Você acha que os brasileiros estão acostumados a usar carteiras virtuais?
Todo o foco que a Volt.io está dando no Brasil advém da forte aderência do PIX e carteiras digitais com o público tupiniquim. Até aqui, o maior caso de uso tem sido transferências P2P, mas o B2C está na esquina chegando com toda força. Por isso, a Volt.io está na vanguarda da construção da rede das redes de pagamentos instantâneos, ou A2A. Através da sua API única, grandes players com atuação multinacional e PSPs globais irão acessar protocolos locais como o PIX. Esta é a primeira camada de uma série de serviços associados que serão construídos sobre esta infraestrutura de iniciação de pagamentos A2A. Exemplos de tais serviços são automatização/otimização de pay-ins e pay-outs, fluxos contábeis e fiscais.
Que revolução esta ferramenta gera no setor de rede de pagamentos em tempo real?
É uma mudança paradigmática. “Nada do que foi será, do jeito que já foi um dia”. No mínimo, iremos ver a indústria tradicional de adquirentes, emissores e acessórios virar de ponta cabeça. No outro extremo, é somente a primeira fase da implementação do R$ digital.
Quais são as principais características do sistema de pagamentos que será implantado no Brasil?
A Volt.io entra no Brasil para atuar prioritariamente como instituição de pagamento.
Como sua companhia atua para oferecer segurança ao usuário na utilização do sistema?
A Volt.io tem altíssimo padrão de segurança para sua oferta de infra, vou deferir de entrar em detalhes justamente por questões de segurança. Para temas de front-end, todos os protocolos disponibilizados para o PIX pelo BC serão plenamente utilizados.
Qual a sua visão sobre o atual mercado de apostas brasileiro? Como você acha que a regulação dessa vertical contribuirá para o crescimento do setor?
Algo incrível que está acontecendo no Brasil é que a regulamentação está propiciando a inovação; normalmente é o contrário. Vejo o Brasil despontando com PIX, Open Finance e uma nova geração de empreendedores que colocarão o nosso mercado como principal referência do que é possível em todas as coisas fintech.
Você considera que houve um avanço exponencial nos últimos tempos na oferta de carteiras virtuais no mercado brasileiro e na América Latina? O que motivou essa explosão?
Absolutamente, os números não mentem. Operações como MercadoPago e outras dão ideia do tamanho do mercado. A pandemia acelerou muito o processo de digitalização, mais não o completou. Ainda há bastante espaço para continuar crescendo.