Por Anamaria Bacci, jornalista e tradutora da G&M News.
Uma breve introdução
Depois de dez anos, a MIBR (Made in Brazil) versão feminina, volta a ter representação no jogo de Esports Counter-Strike. O último elenco da tag jogou em 2010, quando era representado por outro time. Agora, as meninas de CS:GO são Ana Carolina “annaEX” Brito, Bruna “Bizinha” Marvila, Jessica “fly” Pellegrini, Julia “julih” Gomes, e Gabriela “bokor” Bokor; enquanto o treinador da equipe é Guilherme “walck” Moreno.
Este ano, o MIBR feminino venceu a FURIA pela final da GRRRLS League, o principal campeonato de CS:GO feminino de 2021 no Brasil, e conquistou o título da primeira etapa da competição. Em uma série bastante acirrada, o MIBR venceu o duelo de virada por 2 a 1, perdendo a Dust 2 por 16 a 13 e ganhando a Mirage por 16 a 8 e a Train por 16 a 14. As duas equipes chegaram na final com a mesma campanha, tendo quatro vitórias e apenas uma derrota na primeira fase. O único resultado negativo da FURIA, no entanto, havia vindo justamente diante do MIBR, que repetiu o feito e conquistou o título, além de R$ 35.000.
Como surgiu o seu gosto por Esports? Como você descobriu sobre o Counter-Strike?
Conheci o jogo através de meu irmão, que começou a jogar o CS 1.6 em 2007. A partir daí, tive muitas idas e vindas.
Como foi seu processo de passar de gamer a uma jogadora profissional? Ao ser profissional e transformar um momento de “lazer” ou diversão em trabalho, você perde a diversão? Ou como é mantida?
Considero que comecei a jogar profissionalmente em 2017 quando participei de alguns grandes campeonatos e representei uma organização de renome. Nunca perdi a diversão por jogar Counter-Strike profissionalmente. Eu gosto bastante de jogar pug com os amigos pra me divertir e acredito que isso ajuda a não saturar do jogo.
Como foi criada a equipe MIBR Feminina? Que valores elas procuram representar?
Foi criada em janeiro através da Bizinha. Quanto aos valores são: garra, determinação e amor pela camisa.
Como é a experiência de ser capitã de uma das mais renomadas equipes de Esports femininos do Brasil e da América Latina?
Bizinha é a capitã, mas eu ajudo em algumas tomadas de decisão por ter sido a capitã anteriormente. É um prazer enorme para nós podermos representar esse time.
O que você pensa sobre a participação das mulheres nos jogos no Brasil quanto no mundo?
No mundo todo, cada vez temos mais mulheres jogando e acredito que as próximas gerações tenham muito mais mulheres jogando Esports e um cenário melhor preparado para recebê-las e acreditar em um futuro melhor me deixa muito feliz.
Quais projetos e objetivos você deve cumprir até 2021, com MIBR Feminino e no âmbito pessoal?
Com o MIBR, pretendo ser a minha melhor versão, tanto in game quanto out game. Aprendo todos os dias com esse time e espero evoluir bastante. No âmbito pessoal, não tenho planos pra agora.